Faço aqui uma apologia do erro. Não a qualquer erro, mas ao erro saudável e construtivo. O erro da ousadia e da curiosidade. O erro da coragem e da vontade. Enfim, ao bom erro, porque ele existe. A vida sem desacertos, é desengraçada, deslavada e inodora. Tem a força e o vigor da apatia, quer dizer, não os tem. Quem quer uma vida assim? Além do mais, quanto mais arrojados forem os nossos ideais, tanto maiores serão nossos erros, quanto mais intensa a vida, em igual medida, é provável, também os erros serão mais intensos. Logo, uma vida que se faça acompanhar de alguns poucos erros medianos, e corriqueiros tem cara de mediocridade. Uma vidinha, por assim dizer. Seria um exagero afirmar que os nossos erros limitam a intensidade da nossa existência? Não. Creio que não! Já cometeste algum erro hoje? Ainda não? Bem, talvez sejas indefinidamente brilhante no que fazes, e já saibas tudo sobre a vida. Se não é o caso, pensa bem o que esperas para descobrir algo novo, para fazer diferente ou para assumir de uma vez por todas aquilo que ainda não tiveste coragem. Erra!
Acabei de escrever este texto, foi o meu pequeno erro de hoje. Ou terá sido o meu acerto? Não sei…Pois é o tempo quem traz essas respostas…
Nuno Caldeirinha

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